Estatuto de conservação em Portugal: Vulnerável (VU).

Os adultos vivem no mar, migrando para os rios para realizar a postura. Desovam em zonas de seixo, cascalho e areia. As larvas (amocetes) vivem enterradas no leito arenoso do rio e preferem zonas pouco profundas, com correntes fracas e ensombradas. As larvas são filtradoras, mas os adultos são parasitas e alimentam-se do sangue de outros peixes. Durante a migração e desova os adultos não se alimentam. Ocorre nas principais bacias a norte do Rio Sado, e, embora em menor abundância, na bacia do Guadiana. Efetua a migração reprodutora em dezembro, com o pico da migração a ocorrer entre fevereiro e abril. É uma espécie semélpara, ou seja, reproduz-se apenas uma vez ao longo do seu ciclo de vida, morrendo logo de seguida. A perda da conectividade longitudinal dos cursos de água e a sobrepesca e pesca ilegal são as principais ameaças que esta espécie enfrenta.

Estatuto de conservação em Portugal: Em Perigo (EN).

Espécie pelágica que ocupa a coluna de água durante o período de permanência em habitat marinho. O habitat de desova caracteriza-se por uma sucessão de zonas de corrente lenta e profundidade elevada e zonas menos profundas com velocidade de corrente elevada. Ocorre nas bacias do Minho, Lima, Cávado, Douro, Vouga, Mondego, Tejo e Guadiana. A migração para os cursos de água inicia-se em fevereiro e a reprodução dura até ao mês de junho. A maioria dos indivíduos morre após a desova. Espécie planctívora. Durante a migração reprodutora, os peixes adultos não se alimentam. A perda da conectividade longitudinal dos cursos de água e a sobrepesca são as principais ameaças que esta espécie enfrenta.

Estatuto de conservação em Portugal: Vulnerável (VU).

Tal como o sável, a savelha é uma espécie pelágica. O habitat de desova preferencial difere do sável e situa-se mais a jusante no troço inferior do rio. Ocorre nas bacias do Minho, Lima, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Mira e Guadiana. Distingue-se do sável pelo tamanho mais reduzido e pela presença de 4 a 8 manchas escuras no dorso. A migração das savelhas para os cursos de água inicia-se em fevereiro, podendo a reprodução durar até ao mês de junho. Espécie planctívora, podendo também ingerir pequenos peixes. Durante a migração reprodutora, os peixes adultos não se alimentam. A perda da conectividade longitudinal dos cursos de água e a sobrepesca são as principais ameaças que esta espécie enfrenta.

Estatuto de conservação em Portugal: Criticamente Em Perigo (CR).

Espécie que apresenta dois ecótipos, a forma anádroma –  truta-marisca – , e a forma residente, potamódroma –  truta-de-rio. Em Portugal, ocorre nas bacias hidrográficas do Norte e Centro, nomeadamente, entre as bacias do Minho e do Mondego, que representa o limite sul da sua distribuição.Os juvenis migram para o oceano, onde crescem e atingem a maturidade sexual, regressando aos rios para se reproduzir. O habitat de desova caracteriza-se por troços de águas bem oxigenadas e frias, correntes moderadas a fortes, com baixos níveis de poluentes e substrato grosseiro (cascalho e gravilha). A migração para o mar, onde podem ficar até 3 anos, tem início entre março e maio. A migração reprodutora tem início entre o meio do verão-início do outono, reproduzindo-se entre novembro e fevereiro, em zonas mais a montante. Após a reprodução, alguns indivíduos regressam ao mar, podendo reproduzir-se mais de uma vez ao longo da vida. Espécie territorial. Alimenta-se de invertebrados bentónicos, larvas de insetos e moluscos. As trutas de maior dimensão podem alimentar-se de peixes.  As principais ameaças à truta-marisca incluem a perda de conectividade fluvial provocada pela construção de barragens e açudes, poluição, introdução de espécies, e a sobrepesca e regulamentação de pesca inadequada.